sexta-feira, 6 de julho de 2018

"Quando a solidão nos "bate" à porta"

#@ Quem me acompanha na blogosfera (e quem me conhece pesoalmente), sabe que sou uma pessoa bem disposta por natureza, que sorrir faz parte da minha maneira de ser (mesmo nos dias mais difíceis e "assustadores"), e que irradio alegria e boa disposição "por onde passo", mas..., nem tudo que parece é, como diz o ditado...

Este "nosso cantinho", como digo muitas vezes, funciona como o meu refúgio; uma forma de "aliviar" o que me vai na alma, o que trago cá dentro, e que, por vezes, é tão duro dizer em voz alta, e tão mais fácil de colocar em palavras...
Encarem este post como um desabafo, um sincero desabafo, de uma mãe e mulher, como qualquer uma de vocês que me lê, e que (também) se sente sozinha e assustada, mais vezes do que quer admitir. Não julguem que não dou valor ao que tenho, antes pelo contrário, mas há alturas em que ser forte e positiva cansa...

Sei (e fui ensinada, e incuto o mesmo na Mariana) que devemos dar valor a tudo de bom que temos na nossa vida; agradecer por termos saúde, amor, família, amigos, uma casa e trabalho; por nos termos uns aos outros; por rirmos até doer a barriga; por aprendermos com cada birra e obstáculo; por celebrarmos cada vitória; por sermos felizes... Racionalmente, sei tudo isto. Mas, emocionalmente, nem sempre é assim tão simples, ver "sempre o lado bom"...

Ter os meus pais longe (podem ler aqui) e o "senhor cá de casa" a trabalhar por turnos (caso queiram ler ou reler aqui e aqui), acaba por originar muitos momentos a duas (eu e a Mariana), mas também muitos momentos a uma... Não me interpretem mal, adoro a minha filha, e os momentos que passamos juntas preenchem e enchem o meu coração, mas há alturas, em que não consigo evitar sentir-me sozinha...
Ser mãe é uma tarefa de 24 horas por dia, durante 7 dias da semana; muitas vezes esquecemo-nos de nós mesmas, das nossas necessidades, e até da nossa sanidade. Às vezes a exaustão é tão grande que  me esqueço do nome das coisas mais simples que existem...

Há noites em que o marido está a trabalhar, e que depois de deitar a Mariana, me sinto só; falta de falar com um adulto, de alguém que me diga que estou a fazer bem; que é normal sentir-me assim... Hádias em que preciso mesmo de uma mão, de uma ajuda, de um ombro se for preciso, de uma palavra, de um telefonema, de um abraço.
Sabemos que todas as mães passaram pelo mesmo mas não pelo mesmo que nós. E faz toda a diferença...

Eu sei que, como tudo na vida vai passar, e vou até esquecer-me deste "desabafo"; e não duvido que terei saudades "do que já foi e não volta mais", mas, pelo menos por agora, não consigo evitar sentir-me tantas vezes sozinha... 
Por isso, caso alguém sinta o mesmo, saiba que não está sozinho/a. A dada altura, na "viagem da maternidade", todas temos momentos ou fases assim (ainda que às vezes não o admitamos em voz alta...). E não faz mal. Somos humanas ❤.

Mais alguém se quer juntar a mim e desabafar? Quem já passou/sentiu o mesmo? Sintam-se à vontade; neste "nosso cantinho" não julgamos, apenas nos inter-ajudamos; e eu "sou toda ouvidos".

Espero-vos no próximo post.

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@Mamã do @Bazar @#

7 comentários:

  1. Sei é o que fala mamã! É importante ter atividades só suas, mesmo que isso lhe roube tempo com a Mariana (também tenho uma Mariana cantem casa❤️) ou com o mais que tudo. Ter atividades só nossas faz nos sentir que não perdemos a nossa identidade..No meu caso é o ginásio, vou 4/6 vezes por semana, por vezes às 8 da manhã, além de ajudar a recuperar a forma física alivia a mente, enquanto lá estou é um momento só meu, não penso em mais nada, vejo pessoas diferentes, faz me muito bem! E sim, tudo passa, e a gratidão deve ser sempre uma constante na nossa vida. Não há nada melhor do que ser mãe! Beijo grande!

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  2. Pensava k era só eu k me sentia assim... neste momento faço só manhãs também ja trabalhei por turnos agora é o marido que trabalha das 10h as 2 3 as x 4 da manhã num restaurante.... adoro o meu rodrigo ...mas sinto falta de uma adulto sinto falta de atenção..

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  3. Sou mae pela primeira vez a muito pouco tempo (1 mês e pouco). Não é que sinta sozinha mas por vezes dou por mim a pensar de como tenho saudades de antes ser mae. O tempo que estava no café, o dormir toda a noite entre outras coisas. É mau pensar assim? Eu amo o meu filho mas por vezes penso se estaria na altura certa de ser mãe. Realmente foi um sonho tornado realidade mas.... Estarei a ser egoísta por ter saudades do meu antes?

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    1. É uma fase de muita mudança e adaptação física e psicológica. Tem de dar tempo ao tempo. A maior parte das recém mães passa por isso. Força 💖

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