sexta-feira, 24 de abril de 2020

"Mamã, é feio ter medo?"

#@ MEDO. Uma palavra que ouvimos muito ultimamente. 
É mais do que legítimo senti-lo, não digo que não (eu também o sinto!), mas estamos constantemente a ouvir esta palavra no nosso dia a dia; demasiadas vezes; de ntal forma que até já temos medo de a ouvir (perdoem o trocadilho 🤗...).

Sempre fui a favor de exteriorizarmos os nossos sentimentos; de que devemos falar abertamente das coias boas e más; do que nos apoquenta e preocupa; do que temos dúvidas; do que nos faz ficar tristes - cresci assim, e tento incutir o mesmo à Mariana: que não deve ter medo de perguntar nem de falar, sobretudo, em casa, com os pais, que são os seus maiores amigos, e que a vão amar sempre e ajudar em tudo, aconteça o que acontecer.

Mas, a verdade é que, face ao que estamos a viver, e por mais que tentemos "disfarçar", ou evitar ver notícias quando os nossos filhos estão presentes, eles têm a capacidade de perceber e sentir tudo, sobretudo o que não dizemos e/ou tentamos disfarçar.
E, eu sou sincera, por mais que a tente "poupar", ela apercebe-se que "o medo anda no ar". E anda mesmo. Porque eu também o sinto, e vejo no rosto de muitas das pessoas que encontro no dia-a-dia.

Por isso, ontem, quando a Mariana me perguntou:
"Mamã, é feio ter medo?" 
A minha resposta imediata foi: 
"Não filha. Não deves ter vergonha do que sentes. Nem hoje nem nunca. A mãe também tem medo, mas temos de acreditar que vai correr tudo bem. Ter fé. E bons sentimentos no coração.".
A Mariana sorriu, abraçou-me e disse: "mamã, eu  não sei o que seria da minha vida sem ti. Obrigada por me ajudares sempre. Adoro-te".

❤.

Mais do que nunca, é muito importante ouvir, ajudar e acalmar o coração dos nossos baixinhos e baixinhas. Porque se para nós é díficil, para eles ainda mais. Muito mais.

Como estão os vossos pequeninos a lidar com esta situação?
Alguns momentos mais complicados que queiram partilhar?
Sabem que estamos todos juntos, e que "somos todos ouvidos".

Espero-vos no próximo post.

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@Mamã do @Bazar @#

terça-feira, 21 de abril de 2020

"Desabafo de uma mãe em pandemia"

#@ O dia 13 de Março mudou tudo. Abalou tudo. Mexeu com o nosso mundo. Mexeu com a nossa vida. Com as nossas certezas. Com o nosso quotidiano. E nada voltará a ser como antes. Pelo menos é assim que me sinto e vivo o momento que estamos a atravessar.

Algo tão simples como um abraço; um passeio ao final do dia; uma corrida; um pequeno-almoço na pastelaria do bairro; uma viagem até Viseu, iria ser-nos "tirado" de forma tão inesperada; tão abrupta; tão violenta...
A nossa liberdade, tão nossa, tão impensável que a pudessemos perder...
Os nossos rendimentos, reduzidos de repente; alguns em teletrabalho, aulas e filhos ao mesmo tempo; empresas fechadas; negócios familiares em risco; setores de atividade encerrados; economia congelada.
Medo. Muito medo. Receio. Anseio. De ficarmos doente. De podermos contagiar e/ou ser contagiados. Do futuro incerto. Do desconhecido.
Saudades. De ver os nossos. Estar com os nossos. Abraçá-los. Dar e receber colo. Senti-los.
Vontade de sair e deixar os nossos pequeninos sair. De sentirmos o vento. A chuva. Os pés descalços no chão. De correr. De caminhar. De passear...
Mas, temos de ser (e somos!) fortes. Por nós e pelos nossos. Acreditar que tudo vai ficar bem. Ter esperança. Fé. Motivação. Positivismo no coração. Todos os dias...

Como sabem, tanto eu como o pai temos estado à semana a acompanhar a Mariana, uma vez que os nossos setores de atividade de mantêm em funcionamento: segurança privado e empregada bancária. 
Os avós não são opção: os meus pais a chegar aos 70 e a minha mãe asmática; o meu sogro a chegar aos 65 e o meu cunhado a trabalhar no Hospital de Viseu, sendo que mandar a Mariana para Viseu nestas condições não é viável (além do que estar a mais de 300km de distância dela em tempo de pandemia, não consigo!).

Assim, acaba por ser um esforço nosso, um grande esforço familiar: na semana que eu fico, o pai trabalha a 12 horas, sobrecarregando a escala de trabalho (com a ajuda dos colegas, que são compreensivos e trocam de boa vontade os horários também para nos ajudar), sendo que passamos pouquíssimo tempo a três, para o pai conseguir folgar na semana seguinte, e assim não acedermos ao apoio do Estado, não haver quebra no rendimento de pelo menos um de nós, e conseguirmos, embora com limitações, estarmos ambos a trabalhar, sempre com as devidas precauções, protegendo-nos o melhor que podemos, tentanto expor a Mariana ao mínimo de risco possível.

Aqui ficam algumas fotos de momentos registados nas últimas semanas:

Por aí, como estão a viver esta fase?
Alguém que se queira juntar a mim e desabafar ❤?
Sabem que "sou toda ouvidos", como de costume.

Espero que estejam todos bem, assim como respetivas famílias. Protejam-se <3.

Espero-vos no próximo post!

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segunda-feira, 13 de abril de 2020

"Uma Páscoa diferente?"

#@ Para nós Páscoa é sinónimo de família. Quer eu, quer o senhor cá de casa, sempre vivemos a Páscoa de uma maneira verdadeiramente intensa: na aldeia, junto dos nossos, a andar de casa em casa de familiares (comendo, bebendo, convivendo, celebrando o amor e a amizade que nos une), à espera da cruz, que todos beijamos, enquanto o padre abençoa a casa e todos os presentes.

Independentemente das nossas crenças (ou não!) religiosas, a Páscoa remete sempre para família, convívio, pessoas juntas à mesa a partilhar comida, conversas, sorrisos, boa disposição, amor. Penso que falo por muitos de vocês quando digo que está na nossa essência o contato físico, a proximidade, os abraços, os beijos... Portanto, este distanciamento social não é nada fácil, nem o resguardo social, sobretudo em épocas festivas, mas é necessário, urgente, imprescindível, pelo que, TODOS temos de o respeitar.

É uma aprendizagem diária; renovamo-nos, quebramos barreiras e juízos de valor, tendo em mente que tudo o que estamos a fazer, ao FICARMOS EM CASA, é não só para nosso bem, como também para o bem de todos.
Sim, foi uma Páscoa diferente. E apesar do senhor cá de casa estar a trabalhar nesta quadra, ao jantar éramos sempre três, mas em chamada juntamos família e amigos, e o mais importante esteve (e está sempre) lá: o nosso amor um pelos outros, tendo em mente a fé e a crença que logo que seja possível voltaremos a estar todos juntos. E abraçaremo-nos longamente.

Aqui fica o registo em fotos de alguns momentos desta Páscoa tão diferente, mas na mesma especial - juntos e com saúde 💖:
Aí por casa, como foi a vossa Páscoa? Esperamos que tenha sido a mais feliz possível, dada a situação.
Alguém tem fotos para partilhar? Também houve ouvinos e amêndoas de chocolate?
Estejam à vontade para nos contar; "somos todos ouvidos e olhos". 
Até ao próximo post!

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quarta-feira, 8 de abril de 2020

"A melhor supresa dos meus 36"

#@ Simples, mas cheias de amor, assim foram as surpresas de aniversário que recebi este ano dos meus mais que tudo.
Um jantar a três em modo piquenique na sala; seguido de um cantar de parabéns a 3 (com restante família em vídeo chamada) e do presente feito pela Mariana e pelo pai - consigo lá imaginar noite melhor 💖?

A falta que senti foi mesmo da presença física de amigos e família, sobretudo dos meus pais, mas sei que é por um bem maior, e que logo que possível estaremos todos juntos para nos abraçar e matar todas as saudades.
Valham-nos as novas tecnologias que encurtam distâncias e nos permitem "ver" os nossos.

Aproveito ainda a oportunidade para agradecer as centenas de mensagens, e-mails e as dezenas de telefonemas que alegraram o meu dia, e o tornaram ainda mais especial. Bem haja a todos. Sem dúvida que tornaram o meu dia muito mais especial ☺.

Eu só tenho um único desejo de aniversário: que sejamos capazes de ultrapassar esta fase da melhor forma possível, com saúde, e muito mais fortes e unidos. 

Aqui ficam algumas fotos destes momentos:




Espero-vos no próximo post!

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"Não gosto do que vejo..."

#@ ... Era a frase que mais dizia para mim mesma quando me olhava no espelho. Não o dizia em voz alta. Calava-o. Guardava-o. Reprimia-o. Diz...