domingo, 13 de maio de 2018

"Filhos não salvam relacionamentos"

#@ Este é um tema deveras delicado, controverso e "gerador" de discórdia - não há unânimidade; as opiniões divergem, é um fato... Mas também é um tema que deve ser falado abertamente, sem medos e com toda a sinceridade, porque, "lá está" o ditado que uso muito: "quando nasce um bebé, nasce uma mãe" e, permitam-me que acrescente, "muda toda a vida do casal", sobretudo se falamos do primeiro filho.

Não vou estar com rodeios nem cenários cor-de-rosa. Todas as mães e pais que estão a ler este texto sabem bem que, com a maternidade e a paternidade, a vida muda. A mulher muda. O homem muda. A maternidade transforma a mulher de novo e de novo e de novo, num sem fim de descobertas e novidades... A paternidade tem o mesmo efeito. A terra gira, o tempo corre e tudo se modifica. 

Sem dúvida, que um filho é uma benção. A maior benção que alguém pode receber na vida. Dois, três, quatro, cinco ou seis filhos abençoam ainda mais. Todavia, paralelamente, trazem consigo mudança, e mudança a uma velocidade vertiginosa a que não estamos de todo habituados, nem preparados...

Exaustão, cansaço, privação de sono, preocupações sem fim, dedicação total ao novo ser… Tudo faz parte desta "condição", que inunda a nossa vida de amor incondicional. Para o casal, senão houver compreensão, companheirismo e o "caminhar na mesma direção", tendo em mente (e no coração) o que os fez estar "ali", juntos, até então, é muito simples tudo "desabar".
As nossas prioridades, hábitos, roupas, estilo de vida, escolhas de diversão, e até mesmo o sexo, mudam, e isso não precisa ser necessariamente mau; requer sim grande capacidade de adaptação e companheirismo.
Vamos ser sinceros: a maior parte de nós (senão todos) passamos por uma fase assim. Confirmam?

Falando da "experiência cá de casa"... A vida sem um bebé era, no mínimo, diferente: o tempo era todo nosso. Podíamos fazer o que quiséssemos, na hora que quiséssemos, de acordo com as nossas preferências. Nada era tão urgente e nós podíamos dedicar-nos, exclusivamente, um ao outro. Horas para comer; sair; chegar - não havia. Rotina era uma palavra que não nos dizia muito; apostávamos mais na espontaneidade; no "deixar-nos levar".

Com a chegada da Mariana, tudo mudou (no nosso caso para melhor, é certo), mas não deixou (nem deixa) de exigir muito sacrifício; compreensão; trabalho em equipa e, sobretudo, muito amor e dinâmica familiar 💖.
Amo a nossa vida; a nossa família de três pessoas que, no futuro, espero aumente. Nada neste mundo se compara à felicidade de gerar e dar vida. Eu escolho ser mãe e esposa todos os dias da minha vida. Para sempre. Sem hesitar.
Dizem que uma criança muda a vida de um casal. Isso é verdade. Se muda para melhor ou pior, vai depender de nós, enquanto pessoas. No entanto, na minha opinião, um filho não salva um relacionamento. O que o salva (e mantém) é o amor. Se o amor existir, tudo passa a ser secundário. A crise "vai-se" e tudo volta ao normal. Se o amor não existir, nada resolve. Muito menos um filho. Ao passo que o amor pelos filhos não acaba (nunca); o amor pelo nosso parceiro(a) pode acabar. Portanto, se perdermos o nosso lugar na vida um do outro, um filho não devolve "esse lugar"...

E... qual a vossa opinião: os filhos salvam relacionamentos? Ou juntam os casais unidos e afastam os que estão em "crise"? Vamos lá desabafar, e partilhar aqui, a vossa experiência e ponto de vista. Desabafar é bom, e "sabem que "sou toda ouvidos".

Até ao próximo post!

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@Mamã do @Bazar @#

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