terça-feira, 21 de abril de 2020

"Desabafo de uma mãe em pandemia"

#@ O dia 13 de Março mudou tudo. Abalou tudo. Mexeu com o nosso mundo. Mexeu com a nossa vida. Com as nossas certezas. Com o nosso quotidiano. E nada voltará a ser como antes. Pelo menos é assim que me sinto e vivo o momento que estamos a atravessar.

Algo tão simples como um abraço; um passeio ao final do dia; uma corrida; um pequeno-almoço na pastelaria do bairro; uma viagem até Viseu, iria ser-nos "tirado" de forma tão inesperada; tão abrupta; tão violenta...
A nossa liberdade, tão nossa, tão impensável que a pudessemos perder...
Os nossos rendimentos, reduzidos de repente; alguns em teletrabalho, aulas e filhos ao mesmo tempo; empresas fechadas; negócios familiares em risco; setores de atividade encerrados; economia congelada.
Medo. Muito medo. Receio. Anseio. De ficarmos doente. De podermos contagiar e/ou ser contagiados. Do futuro incerto. Do desconhecido.
Saudades. De ver os nossos. Estar com os nossos. Abraçá-los. Dar e receber colo. Senti-los.
Vontade de sair e deixar os nossos pequeninos sair. De sentirmos o vento. A chuva. Os pés descalços no chão. De correr. De caminhar. De passear...
Mas, temos de ser (e somos!) fortes. Por nós e pelos nossos. Acreditar que tudo vai ficar bem. Ter esperança. Fé. Motivação. Positivismo no coração. Todos os dias...

Como sabem, tanto eu como o pai temos estado à semana a acompanhar a Mariana, uma vez que os nossos setores de atividade de mantêm em funcionamento: segurança privado e empregada bancária. 
Os avós não são opção: os meus pais a chegar aos 70 e a minha mãe asmática; o meu sogro a chegar aos 65 e o meu cunhado a trabalhar no Hospital de Viseu, sendo que mandar a Mariana para Viseu nestas condições não é viável (além do que estar a mais de 300km de distância dela em tempo de pandemia, não consigo!).

Assim, acaba por ser um esforço nosso, um grande esforço familiar: na semana que eu fico, o pai trabalha a 12 horas, sobrecarregando a escala de trabalho (com a ajuda dos colegas, que são compreensivos e trocam de boa vontade os horários também para nos ajudar), sendo que passamos pouquíssimo tempo a três, para o pai conseguir folgar na semana seguinte, e assim não acedermos ao apoio do Estado, não haver quebra no rendimento de pelo menos um de nós, e conseguirmos, embora com limitações, estarmos ambos a trabalhar, sempre com as devidas precauções, protegendo-nos o melhor que podemos, tentanto expor a Mariana ao mínimo de risco possível.

Aqui ficam algumas fotos de momentos registados nas últimas semanas:

Por aí, como estão a viver esta fase?
Alguém que se queira juntar a mim e desabafar ❤?
Sabem que "sou toda ouvidos", como de costume.

Espero que estejam todos bem, assim como respetivas famílias. Protejam-se <3.

Espero-vos no próximo post!

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@Mamã do @Bazar @#



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