terça-feira, 25 de setembro de 2018

"Uma das realidades que me revoltam: discriminação sexual de géneros no mundo profissional"

#@ Desabafar o que me vai na alma; o que trago no peito, seja relativo à viagem alucinante de "ser mãe", às dificuldades do dia a dia; às alegrias; aprendizagens; medos; dúvidas; anseios;... - todos estes motivos me levaram a criar este blogue, este "nosso cantinho", onde registo, partilho e dou a conhecer um pouco de mim, o melhor de mim (e por vezes "o pior"), da minha filha, da nossa família (im)perfeita...

Mas, também é aqui, que exponho o que penso, o que sinto, o que vivo, para além da "Sónia mãe", e revelo um pouco mais da "Sónia mulher".
E "hoje" quero falar-vos de um assunto que me diz muito, pela parte negativa, mas que me diz muito. Que me revolta. Que me entristece. Que traz à tona um sentimento de injustiça, ira e desilusão para com a sociedade: a discriminação sexual de géneros, no mundo profissional. Um tema tão falado, tão criticado, tão apontado, tão "esmiuçado", mas que continua a acontecer. Dias, meses, anos a fio. Em muitas empresas. De todos os setores. Em todas as funções. E que nos toca a todos, especialmente a nós, mulheres, que somos tão "lesadas".

Se se estão a perguntar: "será que já passou por isso?", a minha resposta é não, felizmente não, mas conheço várias pessoas que já o viveram (vivem). E tomei conhecimento, recentemente, de um caso, que admito, me deixou chocada, atónita, e, acima de tudo, triste, muito triste. Foi, sem dúvida, o que motivou a escrita deste texto.
Muito resumidamente, era uma vaga de emprego, para a função de professor. Publicado nos tão conhecidos sites de emprego. A descrição da função era esclarecedora. Foram vários os candidatos e candidatas, com diferentes experiências e percursos profissionais. Até aqui tudo "normal", digamos assim.+
A resposta é que me deixou "parva": independentemente das capacidades profissionais dos candidatos, não aceitavam pessoas do sexo feminino. Qual o motivo? Porque podem querer ser mães, e engravidar, e isso implica ausências e licença de maternidade. Direto e cruel assim. Sem mais explicações ou porquês. Simplesmente assim. Sem margem para perguntas ou reclamações... E estamos a falar de uma escola, que "vive" das crianças. Que são filhos de "alguém". Filhos esses, cujas mães gozaram licença. Horário de amamentação... Reparem no "cinismo"...

É este o mundo em que vivemos: penalização da mulher no mundo profissional porque temos o dom de dar vida, gerar vida, ser vida e alimento. Não bastam as diferenças salariais que continuam a existir; os estigmas que dão conta de que "somos o sexo fraco" e temos "menos capacidade para", ainda somos "atacadas" por sermos mães, por amamentarmos, porque isso "implica" licenças; ausência ao trabalho e faltas - que estão mais do que justificadas, é certo, mas que o mundo do trabalho parece "esquecer"...

Este tema toca-me muito. E sei que, infelizmente, as mentalidades irão demorar a mudar, a aceitar, a fazer "reset"... Revolta e desilusão, é o que melhor definem o meu estado de espírito ao escrever este texto. E sinto-o à demasiado tempo...

Qual a vossa opinião sobre este tema? Alguém viveu/passou alguma situação deste tipo de discriminação? Conhecem quem o tenha vivido? Como lidaram com a situação? Sintam-se à vontade para desabafar. As nossas experiências e partilhas podem estar a ajudar; a dar coragem a alguém, nunca se esqueçam disso. E eu sou, como sempre, "toda ouvidos"

Espero-vos no próximo post.

Nota: o Facebook mudou o algoritmo; vão ver mais posts dos vossos amigos e menos de páginas onde deixaram o vosso like. Querem saber quando há publicações nossas e estar sempre a par das novidades? Então na página de facebook do blogue, clicam onde diz “A Seguir” e selecionam "Ver Primeiro".
Sigam-nos ainda no Instagram aqui e no blogspot também conto convosco - vão à página inicial aqui do blogue; no canto superior direito clicam "seguir" e já está 😊.

@Mamã do @Bazar @#

2 comentários:

  1. Olá!! Infelizmente é o mundo em que vivemos... eu decidi ser mãe quando fiquei desempregada... pois cheguei ao ponto de não querer estar mais à espera de encontrar o emprego que me fosse dar estabilidade para ter uma família... pois, eu como a maioria espera pelo menos 1 ano para ver ser estabiliza a vida profissional! O problema está em: e se ao fim do ano se volta para o desemprego? Foi o que aconteceu comigo... outra situação, foi após ser mãe... arranjei trabalho, mas só me davam o lugar caso eu assinasse um papel em como renúnciava ao direito da amamentação...e eu como precisava de trabalho. . lá tive de aceitar... mas penso que isso é geral...é um direito que só se tem caso se trabalhe já na empresa... enfim...é manter a esperança de que esta realidade pode ser alterada.

    ResponderEliminar
  2. Ahhh e ao fim desse ano... mandaram-me novamente para o desemprego, para colocar outra pessoa no meu lugar...

    ResponderEliminar

"Não gosto do que vejo..."

#@ ... Era a frase que mais dizia para mim mesma quando me olhava no espelho. Não o dizia em voz alta. Calava-o. Guardava-o. Reprimia-o. Diz...