Tenho aprendido muito com estas histórias; motivam-me, incentivam-me verdadeiramente a ter vontade de ser mais e melhor. Por isso, decidi partilhá-las convosco, com a autorização de quem mas envia, para que saibam que não estão sozinhas, e para que tenham um pouco mais de inspiração nas vossas vidas (que às vezes faz tanta falta!)...
Assim nasceu este espaço: Testemunhos de Mães Reais, da autoria de Mães Reais, para Mães Reais. Perfeitamente Imperfeitas. Guerreiras. Cheias de amor para dar. E o vosso feedback tem sido tão bom 💜.
Hoje partilho convosco mais uma história; a história de Bianca e do seu anjo Afonso.
Uma história de força, coragem e muita aprendizagem. Um exemplo de vida. Um testemunho que nos deixa de lágrima no olho e coração apertado...
Convido-vos a ler.
Uma história de força, coragem e muita aprendizagem. Um exemplo de vida. Um testemunho que nos deixa de lágrima no olho e coração apertado...
Convido-vos a ler.
"Venho dar-vos a conhecer um pouco da minha história (mãe de anjo ,mãe de arco-íris)...
Como tantas outras mães, eu sofri a perda de um filho, ainda na barriga, já na reta final da gravidez (faltava 1 semana para os 9 meses).
Chamo me Bianca, e há dez anos atrás Deus uniu-me ao meu amor eterno Fábio Vargas.
Fomos-nos conhecendo; o tempo foi passando, e nós cada vez mais unidos, ao mesmo tempo que o nosso amor crescia.
Depois de dois anos de namoro, descobri que estava grávida. Lembro-me como se fosse hoje: sentada, sozinha, num banco de jardim, com o teste positvo na mão, um misto de sentimentos no coração, e só pensava: "Como assim, estou grávida?!? Vou ter um bebé? Vou ser mãe?!?!".
Recordo-me de chorar de medo e de felicidade; de surpresa e anseio; e de receio de contar à minha mãe...
Mas, já lá diz o ditado "mãe é mãe", e assim que contei à minha que estava grávida, ela abraçou-me, acalmou-me e disse-me que estaria sempre ao meu lado, que não tivesse medo, que ia correr tudo bem, e que devíamos agradecer a Deus, pois um bebé é a maior benção que podemos ter. E eu, senti-me protegida; com força para enfrentar o mundo; e, finalmente, sorri, acariciei a minha barriga, respirando fundo: Vou mesmo ser mãe!".
Quando contei ao Fábio que íamos ser pais, pulou de felicidade; gritou ao mundo inteiro que ia ser pai; que "vinha lá um bebé; "será um menino", dizia ele, sem saber ainda o que iria ser.
Na primeira consulta, fizemos a primeira ecografia e finalmente vimo-lo "ali", naquele ecrã, a preto e cinzento; o nosso bebé era real :). A certeza do Fábio confirmou-se: era mesmo um menino. Carregava no ventre o nosso amor maior: O Afonso Miguel, e não podíamos estar mais felizes!
Vivi uma gravidez calma e tranquila; muito alegre; sem me preocupar com a hora do parto; sempre a aproveitar ao máximo; no seio de uma família feliz e radiante, que fez questão de nos ajudar com tudo; de preparar todos os detalhes com o maior cuidado e carinho.
Avó, tias(os) e muitos amigos - todos ajudaram a decorar o quarto; a realizar o chá de bebé; a comprar as coisas que o bebé precisava. Tudo perfeito; tudo com muita dedicação.
Cada pontapé era uma alegria! Eu e o marido passamos muitas noites acordados a sentir o Afonso. Bricávamos e díziamos que eu seria a futura "Dolores de Portugal". E o dia de ver e ter o meu amor maior nos braços; de cheirar, beijar e abraçar; de encher de mimos e carinho; de caminhar lado a lado; estava finalmente a chegar. E nós mal podíamos esperar!
Até que a vida nos pregou uma partida no dia 04-02-2012. Nesse dia, não sentia o Afonso mexer, e tive o pressentimento de que algo não estava bem. Pedi à minha irmã que me levasse às urgências, o mais rápido possível.
Ao chegar lá, fui imediatamente transportada para o interior: duas médicas e duas enfermeiras estavam comigo e diziam que não ouviam os batimentos cardíacos do bebé. Rapidamente, fizeram uma ecografia, e uma das médicas deixa a sala em silêncio e outra diz-me, sem qualquer "filtro" ou empatia: "Já não há batimentos cardíacos; o coração do seu bebé parou; ele morreu. Vá para casa e regresse amanhã de manhã às 07h".
Não consigo descrever a dor que senti. Sinceramente, não me recordo muito bem do que fiz a seguir; de como sobrevivi a essa noite; tudo parece uma nuvem branca.... Só me recordo de pensar que não aguentaria tamanha dor, e de estar revoltada, muito revoltada com Deus, por "me ter feito isto"....
Sei que a noite foi de choro e muito sofrimento...
Despedi-me do meu Afonso com as duas mãos na barriga e o meu coração sentiu que ele já não estava lá...
Além da dor emocional, tive um parto normal - dor física; e o meu Afonso nasceu lindo e grande; prefeito; meu... E tive de o deixar ir....
Nessa noite, no hospital, sofri como nãodesejo a ninguém; por mim, pelo Fábio, pelo Afonso, pela minha mãe, que ao receber a notícia sentiu-se mal e teve de ser internada devido a problemas no coração.
Perguntei muitas vezes (e ainda pergunto) a Deus: "porquê eu?", porque não concordava; não aceitava; não percebia...
Vivi dias, semanas, meses, cinzentos; e pedi muito a Deus que me desse "uma luz"...
E ele deu: voltei a ser mãe de duas princesas: a Matilde de cinco anos e a Madalena de dois anos, e a dor transformou-se em memórias no coração e amor no peito.
Com este meu testemunho, quero deixar-vos uma certeza: Força, nós somos capazes de tudo <3.!"
Testemunho emocionante da mãe Bianca.
Caso queiram partilhar o vosso testemunho, sintam-se à vontade para me contatar via e-mail: bloguedamamdobazar@gmail.com ou através de mensagem privada na página de facebook do blogue. Se optarem por manter o anonimato, o mesmo será respeitado.
Lembrem-se sempre: "não tenham medo de partilhar a vossa história, pois não sabem quem poderão estar a ajudar/inspirar" ❤.
Até ao próximo Testemunho 💖.
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@Mamã do @Bazar @#
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