quinta-feira, 4 de julho de 2019

"Testemunhos de Mães Reais: "A maldita doença levou-me o meu filho. Mas com ele aprendi a lutar, porque apesar da doença, ele sempre lutou!"

#@ São muitos os contatos que recebo através da página de facebook do blogue com testemunhos; desabafos; palavras de incentivo e de carinho; e partilha de experiências de quem nos segue. Algumas destas partilhas são verdadeiras histórias inspiradoras; testemunhos reais, que nos dão a conhecer a verdade nua e crua da vida de uma mãe, sem "pós de fada" ou arco-íris cor-de-rosa.

Tenho aprendido muito com estas histórias; motivam-me, incentivam-me verdadeiramente a ter vontade de ser mais e melhor. Por isso, decidi partilhá-las convosco, com a autorização de quem mas envia, para que saibam que não estão sozinhas, e para que tenham um pouco mais de inspiração nas vossas vidas (que às vezes faz tanta falta!)...

Assim nasceu este espaço: Testemunhos de Mães Reais, da autoria de Mães Reais, para Mães Reais. Perfeitamente Imperfeitas. Guerreiras. Cheias de amor para dar. E o vosso feedback tem sido tão bom 💜.

Hoje partilho convosco mais uma história; da Diana, Do Miguel, Do Martim, do Amor desmedido, altruísta, verdadeiro.
Uma história de muita força; coragem; dedicação; entrega. Um exemplo de vida, que nos mostra como somos capazes de tudo. Por um filho. Para um filho. Sempre por eles. Sem hesitar.

" Chamo-me Diana. Namorei com o meu marido 10 anos até acharmos que era altura de casar, em 2012. Em Fevereiro de 2014 descobri que estava grávida. Ficamos super felizes. Até fazer a eco do primeiro trimestre...
Fui fazer o exame, mas não estava tudo bem. A bebé tinha um hidroma cistico, ou seja, o coração batia, mas segundo os médicos tinha muitos problemas. Tinha que abortar.
Fui para casa, de rastos, as lágrimas não paravam. Tive de esperar 5 dias para poder fazer o aborto. Foi uma dor horrível. Sempre disse que ninguém merecia passar pelo que eu passei. E sozinha, de madrugada.

Em Outubro do mesmo ano, descobri novamente que estava grávida. Todos os exames até ao fim da gravidez estavam bem, foi uma gravidez "santa".
Até que o meu filho, o meu Miguel nasceu....
No dia 20 de Julho de 2015 foi o dia em que pode pegar no meu filho ao colo. Era lindo. O meu sonho era real. Só que.... porque na vida existe sempre um que. Nessa noite eu achei que se passava algo com ele, mas as enfermeiras não quiseram saber. Até que por volta das 7h vieram buscá-lo e levaram-no de imediato para a neonatologia, onde esteve internado durante cinco dias, após os quais tivemos alta e fomos, finalmente, para casa.
No dia 1 de Julho ligaram do hospital a pedirem-nos para irmos o mais rápido possível para lá, com o Miguel, porque o teste do pezinho tinha dado "alterado"... Fomos a correr. 
Fomos mandados para a maternidade Júlio Dinis, no Porto, onde estivemos internados 16 dias. De 2 em 2h era medida a glucimia do meu filho. Já não tinham mais onde o picar: exames, análises,... Eu estava de rastos, mas por ele aguentei, sem dormir.  Viemos embora, mas sempre a ser seguidos na maternidade. 

Chegou Setembro, e este mês trouxe consigo o "dia da verdade"; o resultado do teste genético: o meu amor tinha síndrome de depleção de DNA, uma doença raríssima. Normalmente, não chegam a nascer, e é uma doença sem cura, ou seja, a primeira infecção que o Miguel apanhasse, poderia ser fatal. E foi....

Apesar de tudo, nunca privei o meu filho de ir onde quer que fosse: foi ao shopping, à praia, ao parque... Sabia que devia estar em casa. Mas o meu Miguel não tinha vindo para estar fechado, não podia partir sem conhecer um pouco do mundo. 
A 24 de Março de 2016, a maldita doença levou-me o meu filho. Mas com ele aprendi a lutar, porque apesar da doença que ele tinha, ele sempre lutou, aprendeu. Até os médicos ficavam admirados. É o meu herói; o meu orgulho.
Em Outubro de 2017 descobri novamente que estava grávida. Fiquei feliz, mas muito receosa, ao memso tempo. Por volta das 13 semanas, tive de fazer uma biopsia para conseguirmos fazer um teste genético ao bebé que tinha dentro de mim, e esperar até às 18 semanas para saber o resultado. 
No final de Novembro esse tão esperado resultado chegou: era um menino e estava tudo bem; não  tinha nada. Foi uma gravidez feliz, mas ao mesmo tempo um pouco vazia. Faltava e continua a faltar o meu Miguel.
O Martim nasceu no dia 9 de Maio de 2018 saudável e perfeitinho.
Contínuo a amar o meu Miguel tal e qual como o amava, ou ainda mais. Porque eu sinto que quanto mais tempo passa desde a sua partida, mais o meu amor; o meu orgulho orgulho por ele aumenta.
Amo os meus filhos."

Testemunho da mãe Diana 💖.

Caso queiram partilhar o vosso testemunho, sintam-se à vontade para me contatar via e-mail: bloguedamamdobazar@gmail.com ou através de mensagem privada na página de facebook do blogue. Se optarem por manter o anonimato, o mesmo será respeitado. 

Lembrem-se sempre: "não tenham medo de partilhar a vossa história, pois não sabem quem poderão estar a ajudar/inspirar" ❤.

Até ao próximo Testemunho 💖.

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@Mamã do @Bazar @#

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