sexta-feira, 5 de outubro de 2018

"Desabafos de uma Mãe III: Para quê Sermos Pais?"

#@ Porque às vezes tudo o que uma mãe precisa é de desabafar. Porque há alturas em que não há tempo ou pessoas com quem desabafar. Porque escrever me alivia a alma. Porque escrever me faz bem. Porque desabafar a escrever me faz sentir que não estou sozinha. Porque as mães não são de ferro. Por todos estes porques (e mais alguns que guardo no peito), nasceu este novo "espaço" aqui no "nosso cantinho" - Desabafos de uma Mãe - como qualquer uma de vós, igual a vós, para me (nos) dar voz. Sejam bem vindos ao meu terceiro desabafo, um dos textos mais lidos e partilhados, dos que publiquei na página de Facebook do blogue.

"#@ Para quê sermos Pais?
É tão bom adormecer sem preocupações, obrigações e sem hora para acordar. 
Tão bom sair sem planos, até de madrugada, passar tardes de compras no shopping, falar ao telemóvel sem ser interrompido...

Para quê sermos Pais? 
Tão bom chegar à praia só com a toalha e o protetor, há hora que apetece e sem planos para o resto do dia.
Tão bom passar tardes de ronha no sofá a ver as nossas séries preferidas, saídas com os amigos sem horário de regresso, tomar longos banhos relaxados, termos a casa sempre arrumada e organizada, viver sem correrias ou pensamentos de pontualidade. 

Para quê sermos Pais?
Tão bom viajar a dois, fazer escapadinhas sempre que apetece, conhecer os restaurantes da moda, terminar de escrever mensagens à primeira, conseguir ler livros do início ao fim.
Que relaxante é viver sem medos, sem receios do desconhecido, com tempo para arranjar unhas e cabelo, para saber as últimas tendências da moda, para ir às sessões de cinema à meia noite...

Depois tornamo-nos pais.
Começam as noites em branco, as cólicas, as ites, as idas para a praia de madrugada e em que passamos a maior parte do tempo a limpar areia de tudo.
Começa o choro sem razão, a dor no coração por não conseguirmos curar os dói-dóis dos filhos, o medo de morrer, o receio de não ser boa mãe ou pai, o cansaço das noites em claro,  as olheiras e a falta de memória. 
Deixamos de conseguir falar sem ser interrompidos, de estar sempre disponíveis para sair com os amigos, de conseguir estar sozinhos (há sempre alguém que nos segue, até para a casa-de-banho), de passar tardes nas compras.

Há brinquedos espalhados pela casa, cesto sempre cheio de roupa, meias que teimam em desaparecer, saltos altos substituídos por baixos, cabelo com rabo de cavalo, pochetes trocadas por mochilas.

Trocamos os nossos livros por puzzles, as idas ao ginásio por atividades extra curriculares dos filhos, as compras para nós por mais um laço ou camisola para eles. 
Sabemos muito sobre cocós, sintomas de viroses, histórias de encantar, canal panda e fraldas e toalhitas. 

E... sabem que mais? Não faz mal. Descobrimos que apesar dos filhos virarem a nossa vida de pernas para o ar, o avesso é o nosso lado certo. Porque passamos a amar incondicionalmente e aprendemos a colocar-nos em segundo plano. Para sempre. Sem hesitar. 

Aos que nos dizem: para quê sermos pais? 
Se ao menos eles soubessem o quanto enche o coração receber um sorriso dos nossos filhos; como o seu colo cura tudo; o quanto é precioso chegar a casa e ter dois bracinhos abertos há espera, a correr na nossa direção...
Como o amor dos filhos nos transforma; como nos tornamos pessoas mais tolerantes e pacientes; como a vida passa a fazer todo o sentido...

Ai, se eles soubessem... Se ao menos eles soubessem ❤... @#

Mais alguém se quer juntar a mim e desabafar? "Aqui" não há julgamentos ou "vozes" a criticar; há somente mães a desabafar. Sintam-se à vontade para partilhar; "sou toda ouvidos".

 Até ao próximo desabafo <3.

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@Mamã do @Bazar @#

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