#@ Foi num final de tarde, como tantos outros, em que estávamos apenas as duas ("senhor cá de casa" a trabalhar mais uma noite), que a pergunta surgiu.
Do nada, sem anúncio, a Mariana, deitada no sofá, no meu colo, enquanto assistíamos (pela milonésima vez!) a um episódio da Vampirina, pergunta-me:
"Mamã, se tu e o papá tiverem um bebé, depois já não vão gostar de mim, pois não? Porque os bebés são muito fofinhos, e pequeninos e queridos, e eu já sou muito crescida e alta, e já não tenho bochechinhas fofinhas para beijar, não é?
"Oh filha, de onde te veio essa ideia? Se a mãe e o pai algum dia tiverem outro bebé, não vamos deixar de gostar de ti. No nosso coração há amor que chegue para os dois, fofinha. Vai ser bom, vais ver, porque depois já não somos os três mosqueteiros, somos quatro. E tu és a irmã mais velha, ajudas a mãe a tratar do bebé, adormecer, dar banho,... Já viste como vai ser bom?"
"Tu agora dizes isso mamã, mas depois chega o bebé fofinho cá a casa e vais gostar mais dele. Eu sei. Eu quero um mano, mas sei que quando ele chegar vais gostar mais de estar com ele e brincar mais com ele do que comigo. E eu não me importo, mas vou ficar triste porque vou deixar de ser o teu bebé para ser a menina crescida. E eu gosto muito de ser o teu bebé".
"Estás enganada filha, o coração de uma mãe não se divide, multiplica o amor pelos filhos. Se algum dia tivermos outro bebé cá em casa, o amor vai ser igual pelos dois, e tu serás sempre a minha bebé, assim como o mano ou a mana. Prometo filha. Sabes que o colinho da mãe será sempre teu; mesmo quando tu fores gigante e já não couberes lá, nós arranjamos maneira, sim?"
"Prometes mamã? Mesmo, mesmo, mesmo? Com mindinho e tudo?"
"Claro que sim filha. E tenho a certeza que o pai sente o mesmo. Nunca te esqueças disso, está bem?"
"Sim mamã. Está bem. Então tu e o papá podem deixar vir o mano, que eu já estou mais descansada. Mas não demorem muito, sim? Quero ter um bebé fofinho cá em casa para dar amor."
Esta pergunta, aparentemente inocente, fez despertar em mim a lembrança deste desabafo, que fiz convosco no passado mês de Junho (podem ler ou reler aqui): o receio de não saber voltar a amar outro filho, da mesma forma que amo a Mariana. E, mais uma vez, não é fácil dizê-lo em voz alta (nem escrevê-lo); porque, aos olhos de muitos poderá ser rídiculo ou motivo de crítica...
Parece que ambas receamos o mesmo; ela de uma maneira, eu de outra...
Porém, há algo de que tenho a certeza absoluta: amamos os nossos filhos incondicionalmente. Sem “se”, “senão”, sem contradição. Ponto 💖.
Porém, há algo de que tenho a certeza absoluta: amamos os nossos filhos incondicionalmente. Sem “se”, “senão”, sem contradição. Ponto 💖.
Alguma vez vos aconteceu os vossos baixinhos e baixinhas perguntarem algo do género, enquanto foram "filhos únicos"? Como lidaram com esta questão? E o "assunto irmãos": também vos pediam ou nem por isso? Sintam-se à vontade para partilhar; as opiniões são bem vindas, a troca de experiências saudável, e eu "toda ouvidos".
"Vemo-nos" no próximo post.
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