#@ Há medida que os nossos filhos crescem, as perguntas vão-se tornando cada mais difíceis (e dolorosas!) de ouvir e de responder. Já não conseguimos, simplesmente, desviar-lhes a atenção para outro assunto, trocando de tema; ou "fingir" que não percebemos a dita questão - temos de lhes dar resposta, mesmo quando até a nós é duro justificar.
Quem nos acompanha já conhece bem demais a nossa história dos horários trocados e de ausência de "suporte familiar" (que podem reler aqui, aqui e aqui). Por mais que saibamos que esta é a nossa realidade; que temos muitas coisas boas na nossa vida; que andemos com um sorriso no rosto, até quando as coisas não correm tão bem; e que nunca falte amor à Mariana (que, no fundo, é tudo que importa!), não deixa de nos custar (e dificultar) esta ser a situação que vivemos diariamente.
Por isso, quando estamos as duas, sentadas à mesa a jantar, e ela me pergunta diretamente e sem rodeios: "mamã porque é que o papá nunca está em casa? Ele não tem saudades de nós?"; não consigo evitar sentir-me triste e desanimada (e até mesmo conter o choro), apesar da minha cara e da minha boca dizerem outra coisa. "Filha, já sabes que o papá está a ganhar o tostão para a comida, a roupa, os ténis, a escolinha. Ele preferia estar aqui connosco, mas não pode ser. Tu sabes que ele te ama muito e sente sempre a nossa falta." - respondi com o maior sorriso que consegui esboçar. E a conversa ficou por ali.
Tento sempre ver o lado bom dos horários trocados do maridão (sim, apesar de poucas, também há coisas boas): a Mariana pode dormir até mais tarde e vir mais cedo da escola; quando está bom tempo pode ficar com o pai em casa e irem passear; o maridão consegue tratar de compras e "burocracias" durante a semana, sem um de nós ter de faltar ao trabalho; quando a princesa está doente, conseguimos "jogar com os dias" e às vezes não é necessário eu faltar; conseguem aproveitar tempo "pai e filha" de qualidade (mesmo que o tempo a três seja pouco).
Este é o "exercício mental" que me obrigo a fazer nos dias "mais dolorosos", e é o que tento explicar e transmitir à Mariana para justificar as "ausências forçadas do pai" e as noites e fins-de-semana passados a trabalhar. Mas confesso que o meu coração fica do tamanho de uma migalha sempre que ela chora para o pai não ir "ganhar o tostão" ou por o pai não estar (e sei que o dele fica completamente destroçado também).
Não encarem este post como uma queixa ou uma lamentação; é sim um desabafo, como tantos outros que partilho convosco; como tantos outros que "deito cá para fora" neste meu (nosso) cantinho do dia-a-dia. Sei que sou abençoada pela família (im)perfeita que construí(mos) e por tanto amor que nos une, mas não deixa de custar estes horários trocados nem as saudades que a Mariana tem do papá 😣.
Mais alguém por aí a "ouvir" as mesmas perguntas? O que costumam responder aos pequenotes? Troca de experiências é bem vinda; "sou toda ouvidos".
"Vejo-vos" no próximo post!
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Olá...
ResponderEliminarPor aqui é mais ao contrário... É a mãe que trabalhar por turnos e o pai com horário fixo.... E sair para ir fazer noites, ou fazer tarde e chegar a meia noite e a princesa já estar a dormir, custa muito....
Custa mesmo. Nada de desanimar <3. Muita força e xi coração apertadinho <3
ResponderEliminarSem dúvida que custa, mas eles sao o nosso bem mais precioso e a nossa força para continuar mos nesta luta diária.....temos que aproveitar o maximo tempo possível juntos....beijinhos
ResponderEliminarPor aqui ouvimos a mesma pergunta mas tanto para o pai como para a mãe... Perguntam porque é que o pai está sempre a trabalhar, e eu explico o porquê digo que vai ganhar dinheiro para comprar as coisas... é custa me imenso quando eles perguntam quando é que os vou buscar à escola e porque é que não jantamos juntos �� estive vários meses a fazer horário até às 22h30m só agora é que faço uma semana manhã e uma de noite.. É nessa altura era complicado... Agora passamos mais tempo juntos mas o papá continua com o mesmo horário.. Não é fácil mas tem que ser beijinhos
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